domingo, 9 de setembro de 2012

Uma dose de coragem, por favor.


Olhar-te-ei no fundo dos olhos. Direi o que fortemente anseio e antes que possas formular uma observação sobre o que foi dito, furtarei de ti, por longos e bons minutos, o ar.

Quem nunca pensou em ‘dar uma de surtada’, e chegar chegando naquele carinha que te deixa sem palavras, visto que você mal consegue ouvir o que ele fala só pensando em: como seria sentir aquela respiração mais de perto? Quem nunca perdeu-se durante uma conversa e ficou levemente hipnotizada por um belo sorriso, um belo par de olhos ou de pernas... Que atire a primeira pedra.
 Mas o medo te faz travar. Quando algumas amigas me falam sobre esse tal medo, sempre faço as mesmas perguntas. Medo de que? De levar um fora? De ser “mal interpretada”? De deixar de ser vista pelas pessoas que te cercam como ‘a mocinha pra namorar’? O medo é uma coisa boba, e inexplicável na maioria das vezes, visto que nos obriga a imaginar situações sem nenhuma ligação com a realidade, nos retraindo e causando a perda das melhores oportunidades na nossa vida. Vamos deixar de sofrer por situações que sequer alcançamos ainda, vamos arriscar mais, e encucar de uma vez por todas que opinião alheia, como todos sabemos mas acabamos por deixar cair no esquecimento às vezes, é simplesmente isso... opinião alheia.
 Não é muito difícil abandonar esse medinho de arriscar. Apesar de muitos exemplos de pessoas cheias de atitudes que temos constantemente, não são poucas as pessoas que tem pavor de tomar atitude quando o assunto é: sexo oposto.
 Mas esquecem de uma coisa, mulheres com esse medo/timidez, não se sentem nem um pouco encabuladas ao proferirem um amargo e sonoro NÃO, quando o ‘alguém’ não lhe é interessante. Mas quando o risco é de levar um não, a coisa muda. Estamos tão determinadas a não ser magoadas, que esquecemos que não deve ser tão mal assim. Afinal o cara que ‘levou um não’ seu, levou da outra, de mais uma e daquela outra, mas a vida continua.
 Adquirir coragem não é tão fácil, mas perder o medo de se machucar soa bem racional, afinal ninguém nos prometeu que seria fácil. 

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