Desta vez poderia ter não acontecido, mas lá foram eles, ela e seu coração ambos dispostos a depositar todo o carinho e atenção em um merecedor. Pelos menos era o que parecia ser.
Ela era garota tornando-se adulta, com sonhos como qualquer garota que sonhe, com desejos, anseios... Era dessas garotas fortes e frágeis, maduras e inexperientes, decidas e indecisas, você sabe, uma garota humana e com todo o direito de errar. Estava disposta a viver independentemente, saíra à pouco de um relacionamento que não lhe fazia tão bem, mas aconteceu novamente.
Se viram, se gostaram, saíram, se apaixonaram, e por um descuido ínfimo, lá estava ela, repousando seu carinho em alguém novamente. Alguém que poderia não magoá-la, era só o que ela precisava, não tinha grandes expectativas em cima de ninguém, ela sabia que a felicidade só dependia dela.
Mas acabou, é acabou, como a chuva que refresca aquele dia sufocante e ensolarado, ou como o solzinho da manhã que esquenta o que a noite deixou prestes a congelar, como aquela conversa agradável com uma velhinha que você conhece no café... acabou.
Chorar? Sim claro, mas só pra lavar, aquilo que estava começando a se formar dentro dela, ela chorou, livrou-se daquilo, deitou, acordou e saiu tocando pra frente o que lhe foi dado com o nome de vida.
Ela já sabia se recompor de decepções, ela tinha em mente que nada na vida depende de outra pessoa e que sua vida só dependia dela.
Ela sempre lembrava do que sua avó dizia: "Sorrimos, choramos, caímos e levantamos isso é viver. E com relação ao amor? Não tenha pressa, descanse carinho nas pessoas, o amor se manifesta quando você menos espera.
