segunda-feira, 30 de julho de 2012

Existem respostas que não precisam ser dadas...

E aí ele perguntou sobre seus sentimentos. Ela confusa e atordoada não respondeu, ignorou.
Ele foi direto, e perguntou o que ela esperava que acontecesse dali em diante. Passou um pombo num voou dançante tirou-lhe a atenção.
Ele mandou uma mensagem - Você gosta de mim?-. Ela não respondeu.
E ficou por semanas pensando no real motivo de não ter falado a verdade. Porque não disse que seus pensamentos estavam dia e noite sendo embelezado com a presença daquele ser.
Porque ela era taurina, e apesar de não se aprofundar no caminho confuso e massante da astrologia,  acalmava-se repassando para sim mesmo sempre que necessário essa justificativa para suas respostas não dadas, para a confusão em que deixava a mente de quem precisava de respostas rápidas, objetivas e que só poderia vir de uma pessoa. Ela.
"Do que importa?", pensava ela, "e se eu dissesse que sim, mudaria em alguma coisa?".
Ela era muito determinada, em conseguir o que sabia que fazia sentido, o que ela precisava e o que não fosse machucá-lá. mas no caso relacionado a "ele", era diferente.
Ela sentia que seria magoada a qualquer momento. E a resposta não foi dada, porque ficar guardado/escondido em um lugar seguro, é muito mais sensato do que sair e não fazer diferença nenhuma.

domingo, 15 de julho de 2012

Pra esquecer... Raciocine.


Nunca nos entenderíamos...
Teus programas não me agradam. Tuas séries muito menos. Você assiste desenhos bobos, que são desagradavelmente perturbadores. Parece que não cresceu.
O que lhe parece problemas sem solução, pra mim é um assunto mesquinho que pode facilmente ser resolvido... Ou ignorado.
Não iria mesmo dar certo...
Eu acordo cedo (ás vezes). Faço o que tenho que fazer (quando sinto vontade). Vou a aula (quando não falto). Ao abrir os olhos coloco uma música agradável (que você não entende a letra). Ando devagar quando estou atrasada, e rápido quando não há necessidade (sim, sou estranha). Penso naquele garoto que conheci, por acaso,  no show daquela banda que me fascinava na adolescência, naquele lugar cheio de pirralhos onde me senti uma tia... (aposto que ele nem lembra meu nome). Procuro me manter informada sobre o que me atrai minha atenção (e você foi inserido). Uso meus óculos enormes, que deveriam ser apenas para leitura, na rua. Saiu sem 'sutiã'. Tem seios pequenos e isso não me incomoda. Pinto as unhas quando sinto vontade (raramente). Vou a show's sozinha, visto que raramente encontro alguém com gosto musical parecido.
Você só sai em 'bando'. Perde-se em decotes provocantes, pernas de fora e enormes unhas vermelhas. Procura sempre estar melhor que os amigos. Só demonstra interesse por quem se interessa por você. Pensa pouco sobre qualquer assunto que não tenha você como personagem principal (lembra da garota esquisita que conheceu naquele showzinho chato que seus amigos insistiram muito pra que você fosse, alegando que teriam várias 'novinhas gostosas. "O que ela estaria fazendo ali sozinha? Qual era mesmo o nome dela?" cinco segundos e... pronto já esqueceu).
Isso jamais daria certo...
Você procura uma menininha submissa e com jeitinho de princesa pra namorar.
Eu saiu do trabalho e vou tomar uma cerveja com as amigas no bar.
Pra o seu fim de semana ser perfeito, tem que ter muita farra.
Um sorvete num fim de tarde com as amigas me deixa satisfeita.
Aparência é a única coisa que importa pra você.
A maior decepção pra mim, é quando alguém só repara no que está à mostra.
É isso realmente não tem a menor possibilidade de dar certo...
Mas não vamos nos aprofundar nas diferenças, o fato de eu ter sentido uma forte atração por ti não significa que não posso viver sem você. Ninguém pode sofrer por perder algo que não lhe pertencia... Eu sei... Só escrevo pra tentar transferir isso do cérebro para o coração.

terça-feira, 10 de julho de 2012

Medo do desconhecido

Meu medo não é perder. Eu já não tenho...
Não é nunca receber o olhar que tanto almejei.
Nem é medo de não ser percebida como gostaria.
Nem que outras o tenham.
Nem que não fale comigo ás vezes.
Nem que não me ligues no dia do meu aniversário.
Nem que não me contes o que te fez sorrir hoje, amanhã e depois...
Nem que sua nova amiguinha seja interessante.
Nem que me venha com uma surpresa desagradável...
É passarmos na rua e não nos reconhecermos, é sentarmos frente-a-frente no fast food no centro da cidade e não nos darmos conta de quem somos, ou fomos, se é que fomos.
É saber que tudo o que senti durante todo aquele tempo, e que transbordava em meu coração, não conseguiu escapar por meus temerosos lábios. Não deu tempo. E você se foi. Se foi pra sempre e sem olhar pra trás. Não deixou nem por meio segundo desviar o  olhar e observar a lágrima que escapou, depois de tanto tempo aprisionada.
Mas tudo bem...
 Ah chega! Não, não está tudo bem, e enquanto os dedos se movem, as lagrimas caem, e enquanto o cérebro trabalha, o coração palpita forte, e quando o cérebro pára, as lágrimas caem, e enquanto os amigos falam, da memória algo não me sai, e quando Los Hermanos toca... as lágrimas caem.