domingo, 30 de dezembro de 2012

Quando Acontece o Inverso...

Seus planos eram outros.
Se formar na faculdade, comprar um carro, conhecer seu país mais à fundo, conhecer as culturas, os povos, os lugares, entender o que mantém cada ser que a cercava de pé... Tornar-se uma boa escritora, aprender 6 novos idiomas em um ano, conhecer as bibliotecas mais famosas do mundo, tomar um café em cada canto do mundo, descansar em Paris. Cercada de livros, conhecimento, dois cachorros, um gato e muitas lembranças.

Mas ela só tinha 22, esquecera que não podia escrever seu destino, esquecera que ao amanhã não podia dar ordens. Quando lhe indagavam sobre isso, limitava-se a dizer: "Acredito no acaso, meu bem, mas posso manipular levemente meu futuro."
Cheia de sonhos e com vontade e disposição de sobra, ela levava a vida como uma descobridora experiente, não se iludia facilmente com o que encontrava no caminho, sabia apreciar o mundo, as pessoas, as cores com leveza e moderação, achava que tinha tudo sobre controle, até que ele apareceu...



Ela não acreditava em amor à primeira vista, talvez nunca sequer parou pra pensar em amor, mas sabia que algo muito intenso aconteceu quando (na mais clichês das frases) seus olhos encontraram os dele.
Ambos com muitas ideias e sonhos, vontade e todo vigor que a idade os permitia. O encanto era aparentemente mútuo, mas o 'balanço' fez muito mais efeito nela.

Saíram, beberam, conversaram... Por acaso, trabalhavam no mesmo lugar, o que fazia com que se vissem  todos os dias. A admiração crescia, mas as diferenças apareciam gradualmente, os planos eram outros, as ideias eram diferentes, mas ela tinha em mente que ninguém era perfeito pra ninguém.

Ela queria conhecer o mundo, pois acreditava que cada ser humano pode ser interiormente maior, espiritualmente elevado se descobrissem o quão ligados são uns aos outros, o que levaria quem descobrisse esse segredo interior ao BEAT*.
Ele queria conhecer o mundo, pois sabia que em cada lugar que chegasse mais mulheres viriam, e isso o faria um homem de sorte.
A decepção era garantida, mas 'não existem pares perfeitos'.
(Continua...)

terça-feira, 25 de dezembro de 2012

Amantes

Ela - O seu olhar...
Ele - O que tem?
Ela - Me desconcerta.
Ele - (risos)... Veja, -ele pegou a mão dela levou ao peito- Está sentindo?
Ela não respondeu...
- Está sentindo não está? É isso o que você faz comigo todas as vezes que se aproxima.
Ela puxou a mão e afastou-se, atônita,  pegou a xícara de café e acabou derrubando, parou por um tempo assustada com o barulho, quando se virou para limpar, ele já estava a sua direita com um pano agachando-se ...
Ele -  como você é desatenta, está sempre bagunçando algo...
Ela -  Não exagere! Só perdi o equilíbrio e por isso caiu, o que ando bagunçando?
Ele - Os papéis próximo a máquina, os livros da biblioteca... a... a cozinha... minha mente...
 Olhar fixo e silencioso afastaram-se.