domingo, 16 de setembro de 2012

Aquela dúvida

 Ela estava confusa com o que se passava dentro de si.

Era demasiadamente jovem, para entender as arruaças que o sentimento chamado amor pode cometer dentro do seu peito, mas tinha uma mente ensimesmada onde não havia espaço para acreditar que alguém, ou melhor, um sentimento nutrido por alguém, pode lhes causar estragos profundos. -Jamais permitirei que isso aconteça- Dizia ela. Tinha a doçura de uma menina mas a perspicácia de quem lê. Mas a dúvida lhe perseguia.

 -"Então o que é, ou o que seria esse bendito amor?
Está em todas as partes, os comentários giram em torno dele, almejam, procuram, caçam enlouquecidamente, emocionam-se ao ouvir sobre ele em músicas, ou lendo um romance, ou vendo um filme...
Mas demonstram pouco.
À pouco me foi perguntado sobre a veracidade do amor. Sim, eu acredito no amor. Mas não o vejo como pregam. Tem algo a mais."
 Na teoria ela sabia que era fácil, mas a prática à confundia.
Então ela o conheceu.
Ninguém sabia o seu nome, era calado e tinha sempre um livro, que não era do curso, à mão. Entreolharam-se certa vez e ela ficou levemente balançada.
Ele lhe pediu licença, ela levantou os olhos e por cima dos óculos lhe daria uma resposta mal criada até que, encontrou aqueles olhos que mais lhe pareciam pedir acalento do que licença.
 E foi com ele, um amigo que lhe fazia sentir tão bem, e que ao mesmo tempo ela não conseguia fazer nada que previamente soubesse que poderia causar algum incomodo ao seu querido.

 Com o tempo ela aprendeu que amar não é simplesmente gostar um pouco mais de alguém, e sim tudo o que você faz mesmo que inconscientemente em prol de uma relação amigável, saudável e leve com quem está ao seu redor.
E seu lema passou a ser: Simplesmente ame!

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