sexta-feira, 29 de junho de 2012

Agora? Perdeu a graça...

 Chega uma hora que aquela boneca que você tanto queria e ninguém fez o menor esforço para te presentear, perde o brilho, o encanto, e passa a ser apenas mais uma na prateleira gigantesca da loja de brinquedos. Você esteve sempre lá, passava e olhava, sonhava com o dia de tê-la em seus braços, mas passaram-se meses, e o vazio que seria preenchido passou a ser companheiro, você acostumou-se com o fato de não tê-la, e com um tempo isso já não era tão ruim assim.Você cresceu. Você não estava perdendo nada, afinal não tinha o que perder, e o que já não era seu, passou também a não te roubar mais atenção.
  

 É chegado o tão sonhado momento.
Sonhado e muito esperado.
Mas é bem aí que ficamos frente-a-frente com o problema. Você esperou demais. Esperou muito mesmo, e foram várias madrugadas esperando respostas, que chegaram a ser respondidas 3 dias depois, foram muitos sobressaltos ao ver que o e-mail esperando sua leitura, não era de sua amiga, nem de cobrança, muito menos de convites festeiros...
 Foram milhares as borboletas que se manifestaram a cada mensagem, e até mesmo todas as vezes que se via sonhando acordada e revivendo mentalmente o que estava escrito, ou a primeira palavra proferida em sua direção quando seus olhos tiveram o prazer de encontrar 'aqueles olhos' - Oi! É você? Nossa...-. E até mesmo naqueles diálogos presentes em sua cabeça atordoada por uma ansiedade infinita.
 Mas esse é o problema, não é que as coisas tem acontecer na hora que queremos, afinal é muito mais saboroso quando acontece por acaso e quando ninguém espera, mas quando é algo que tem tudo pra dar certo, mas não anda, porque um dos lados empacou... complica. Você espera, e nada acontece, espera mais um pouco eternidade, mas tudo continua na mesma. E aí num belo dia quando você menos espera, vem a oportunidade de falar tudo o que está guardado, mas agora? Ah! Agora não tem mais graça, perdeu-se o brilho e o encanto. Você cresceu. E o que já não lhe pertencia, passou também a não roubar-lhe a preciosa atenção.



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