domingo, 27 de julho de 2014

Resenha: O Perfume

Ao pensar em um livro que vai descrever sensações, não dá pra imaginar a genialidade por trás de um título tão simples e direto. Então Süskind aparece e descreve de forma magistral cada situação, cada cheiro e nos leva a quase sentir o que Jean-Baptiste Grenouille está vivendo em cada momento.
A estória se passa na França século XVIII, e conta a vida de Grenouille desde o nascimento conturbado que levou a morte de sua mãe, até o amadurecimento completo de sua genialidade. Sim a mente de Jean-Baptiste é genial.
 Há a seguinte frase no livro: "O poder de convicção do aroma não pode ser descartado, entra dentro de nós como ar em nossos pulmões, nos ocupa completamente por dentro, não há antídoto contra ele" encaixa-se perfeitamente nessa viagem que Patrick Süskind nos guia através das palavras. As descrições dos aromas realmente tomam posse de nossas mentes como se estivéssemos sentindo-os.
Grenouille, uma pessoa completamente interiorizada, fria, sem compaixão que nunca recebera uma demonstração de afeto, nem demonstra sentir falta, ao descobrir sua vocação empenha-se a encontrar o seu perfume e está disposto a fazer o que for necessário para consegui-lo, mesmo que isso envolva tirar vidas inocentes. E consegue, de uma forma quase divina, afinal ele se considera seu próprio Deus.
O Perfume não é uma leitura cansativa, é envolvente e a cada página virada nos induz a querer mais e mais, as informações no decorrer da trama são devidamente dosadas, e a descrição da época em que se passa não deixa a desejar.

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