domingo, 17 de fevereiro de 2013

Novela

Ah! você...
Quando você chega sussurrando em meu ouvido, me abraça por trás e me beija a nunca...
Chego esquecer que nós não nos pertencemos, que isso não poderia estar acontecendo, que você pediu para que eu não me envolvesse.
Que depois você volta para os braços dela, e eu? Eu fico aqui.
Com as lembranças, teu cheiro entranhado em meu corpo, seu cigarro ainda aceso, a garrafa de vodca quase na metade.
É quando os pensamentos começam a castigar-me.
Ah! Eu...
Me entreguei sem retorno mais uma vez.
Talvez se eu tivesse escutado Chico direitinho, e mirado-me no exemplo das Mulheres de Atenas. Seria eu quem te teria nos braços quando tu se desvencilhasses das falenas.
Mas talvez esse seja o tipo de coisa que não é pra mim.
Talvez eu não seja o tipo de mulher que se entrega inteiramente a outro ser, deixando de lado meus gostos e minhas vontades, meus defeitos e qualidades, não, definitivamente essa não sou eu.

Ás vezes, tudo o que eu queria era acordar e ter alguém aqui, isso já seria suficiente.
Mas dizem que solidão é carma, então com licença, vou continuar minha jornada.



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