quinta-feira, 7 de agosto de 2014

Coisas que eu deveria jogar fora, mas não consigo...

Hoje parei pra pensar em tudo o que eu não preciso ter, mas tenho, guardado.
Pensei no Billy, meu ursinho de pelúcia. Pensei nas minhas camisetas de bandas. Pensei nos papéis de carta, que eu sei que nunca vou usar mas estão guardadas em uma caixa em cima do guarda roupas, o que me levou a lembrar do meu caderno do terceiro ano do ensino médio com todas aquelas figurinhas adesivas que ainda tenho guardado na mesma caixa há sete anos. Todas essas coisas são coisas que eu sequer lembro que existem em meu dia a dia, exceto o Billy que fica em cima da cama, mas algo me impede de deixa-las ir.
Sobre coisas que eu não deixo ir, nem todas são materiais, acho que, como a grande maioria, tenho sentimentos enraizados que deveriam ser dispersados, mas não são e eu não ando fazendo muita força para que eles voem se libertem e me liberte. Não é ódio, não é rancor, não é inveja, não são sentimentos considerados ruins. São sentimentos que já foram bons, me fizeram bem, mas quando deixaram de ser correspondidos, não sabiam como agir. Eu desaprendi a lidar com eles, e eles a como se comportar dentro de mim.
Pensei em tentar transferi-los para um dos meus papéis de carta e dar logo um fim a tudo isso. Mas lembrei que sentimentos não saem de você e aderem ao papel como tinta de caneta. 
Enquanto isso, deixo tudo guardado aqui, não vai virar item de colecionador mas enquanto eu finjo que não existem não me proporcionam dor.


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